quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Prolixo, pró-lixo, pro lixo

    Da comunicação acadêmica, cabe-se, assim, dizer, dentro dessa, que, em seu formato peculiar, mas não sendo, contudo, nesse sentido próprio, porém, e, tendo sido diversificado na forma e na compreensão, ter-se-ia estruturado de tal maneira.
    Assim, em análise, porém, sem considerar, de tal forma, como parte integrante, mesmo que indiretamente, mas, não menos importante, aquele, que, em sua busca elucidada ao que, por sua vez, no ato a que se propõe em suma e a priori, o autor, na ação do qual, por fim, surge o texto.
    Propósito tal, que, todavia, perde-se no ato, uma vez, enriquecido de forma tal que seu entendimento, como propósito, porém, ainda assim, despropositalmente enaltecido, advindo do ego de seu interlocutor, não tem, em vias de fato, sentido, muito menos, por assim dizer, conclusão.
    Dessa forma, apenas voz digo: com a perda da objetividade não se escreve, sem clareza não há texto. E, para maiores enaltecimentos às idéias as quais discorro, só tenho a acrescentar: "bobrinhas", "bobrinhas", "bobrinhas".

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"Atraversiamo"

Nenhuma ação ou prática ensinada tem melhor efeito de organizar meus pensamentos quanto atravessar a rua. Essa "coisa" automática que exige uma atenção instintiva, porém quase que automática consegue, não sei como, juntar todos os pensamentos e divagações que se formaram enquanto andava na rua sozinha e fazer, de tal forma, coerentes e com sentido.

Numa dessa epifanias me ocorreu...

Já ouvi dizer que a distração é o que mantém a sanidade e a razão refúgio dos sem imaginação. Minha imaginação é onde vivo e razão apenas meu disfarce. A distração não existe ela só serve para os olhos dos outros, para que pensem, enquanto vivo em meu mundo, que não sou louca, apenas aérea.

Com a distração finjo ser igual aos iguais, quieta enquanto existo na realidade que não é a minha. Somente na imaginação, no lugar mais fundo da minha alma, de onde os sonhos que não mais estão minados em expectativas e frustrações. Na imaginação pura da minha essência, eu vivo!!


terça-feira, 9 de agosto de 2011

7%

Recebi um e-mail hoje com  o assunto: 7%. Referia-se ao número de pessoas que provavelmente encaminhariam o e-mail para outras pessoas, mas como acho que essa coisa de "correntes" meio batida e, de certa forma, irritante (não que eu não o faça esporadicamente), achei mais interessante colocar o conteúdo no blog, já que não poderia desperdiçar um bom e-mail só por se tratar de uma "corrente".

Sem mais delongas, vamos ao que se trata...
O conteúdo do e-mail era uma lista de 45 lições de vida escrita pela colunista Regina Brett, aos 90 anos. Segue abaixo como me chegou tal lista.

Obs: algumas coisas que a lista continha são atitudes que eu já adotava, outras foram bons conselhos... só um adicional na minha intenção em compartilhar.

Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."

Meu hodômetro passou dos 90 em agosto,  portanto  aqui vai a coluna mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.  Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30 O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39 Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos  nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente. 


domingo, 7 de agosto de 2011

Familiaridades

Ando querendo muito estar próxima de coisas familiares ultimamente. Passar muito tempo fora de casa me incomoda um pouco, mas quando estou na rua prefiro estar em locais abertos sem muita gente e de preferência lugares que meus olhos estejam tão familiarizados que a sensação de estar ali não seja tão desconfortante.

O mesmo acontece com os livros e filmes que procuro assistir. Conhecer a história e os personagens, não importa que eu já sei qual o final. Repassar todos os momentos da história sabendo como tudo termina tem poder reconfortante que, bom, me faz sentir bem e segura quando preciso.

Reli "Amanhecer" de ontem pra hoje e as horas que passei acompanhada do livro me fez sentir  bem melhor... acho que foi o melhor que me senti essa semana e por isso que resolvi escrever esse post.
Não sei se o drama adolescente de Stephanie Meyer, nas reclamações e indulgências dos seus personagens, faça qualquer pessoa reavaliar suas infantilidades e dramas pessoias vendo o quão ridículos somos muitas vezes sem nos dar conta; bom, pelo menos tem esse efeito pra mim.

Outra coisa que me fez refletir, algo que não é foco da história e nenhuma lição de moral do livro, apenas algo que me chamou atenção... é o que realmente podemos fazer com o tempo quando temos tanto tempo para poder realizar qualquer coisa. Me fez reavaliar a pressa e como ela toma conta do mundo em que vivemos e que pode estar nos fazendo mal, muito mal.

O que importa é que ler me deu essas poucas horas de satisfação de que estava precisando e de certa forma me sinto... feliz não é a palavra certa, mas é a descrição mais próxima.
Isso, ou os remédios estão fazendo efeito rsrsrs.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Malditas histórias para crianças e o quão tarde entendemos o seu significado

Esses dias me deparei com essa foto e me lembrei de um livro que eu tinha quando era criança e adorava.
O livro se chamava "A menina e o pássaro encantado".
Muitos anos já se passaram e infelizmente hoje eu consigo entender com clareza o significado daquela história que eu tanto amava e de um pássaro que eu também queria colocar na gaiola... e tão tarde percebi que tudo que eu tentei prender, quando percebi o erro que havia cometido, já era tarde e tudo que resta é apenas saudade.

Reli a história hoje e deixo abaixo para quem se interessar em ler...


A menina e o pássaro encantado – Ruben Alves

A menina e o pássaro encantado
Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades… As suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava. Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão…
 Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que vi, como presente para ti…
E, assim, ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como o fogo, penacho dourado na cabeça.
 Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. As minhas penas ficaram como aquele sol, e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.
E de novo começavam as histórias. A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre.
Mas chegava a hora da tristeza.
 Tenho de ir  dizia.
 Por favor, não vás. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar…— E a menina fazia beicinho…
— Eu também terei saudades  dizia o pássaro. — Eu também vou chorar. Mas vou contar-te um segredo: as plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios… E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera do regresso, que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado. E tu deixarás de me amar.
Assim, ele partiu. A menina, sozinha, chorava à noite de tristeza, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa dessas noites que ela teve uma ideia malvada: “Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá. Será meu para sempre. Não mais terei saudades. E ficarei feliz…”
Com estes pensamentos, comprou uma linda gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Ele chegou finalmente, maravilhoso nas suas novas cores, com histórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.
Acordou de madrugada, com um gemido do pássaro…
 Ah! menina… O que é que fizeste? Quebrou-se o encanto. As minhas penas ficarão feias e eu esquecer-me-ei das histórias… Sem a saudade, o amor ir-se-á embora…
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas não foi isto que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo…
Até que não aguentou mais.
Abriu a porta da gaiola.
 Podes ir, pássaro. Volta quando quiseres…
 Obrigado, menina. Tenho de partir. E preciso de partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro de nós. Sempre que ficares com saudade, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudade, tu ficarás mais bonita. E enfeitar-te-ás, para me esperar…
E partiu. Voou que voou, para lugares distantes. A menina contava os dias, e a cada dia que passava a saudade crescia.
 Que bom  pensava ela  o meu pássaro está a ficar encantado de novo…
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra.
 Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje…
Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro. Porque ele deveria estar a voar de qualquer lado e de qualquer lado haveria de voltar. Ah!
Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama…
E foi assim que ela, cada noite, ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento: “Quem sabe se ele voltará amanhã….”
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Se você não sabe o que fazer, recorra aos livros

Eu amo livros, realmente adoro ler, mas não se enganem, clássicos portugueses que contém vinte páginas da descrição da soleira da porta não fazem meu gosto. Nem livros de auto-ajuda, nem livros... estou divagando já, pois não foi por isso que dei início a esse post.
Mas ao possível leitor desse blog quero dizer que, sim eu gosto de ler e gosto de citações, inclusive aquelas que trazem de certa forma algum entendimento sobre algo que está me perturbando naquele momento. E como ando "perturbada" ultimamente e busquei, mais uma vez, um pouco de esclarecimento e paz nos livros resolvi partilhar o que encontrei dessa vez.


Conhece-te a ti mesmo.

INSCRIÇÃO NO TEMPLO DE APOLO EM DELFOS

Sócrates: Eu, de minha parte, certamente não disponho de tempo para a tarefa, e digo-le o porquê, meu amigo. Eu ainda não pude, até este momento, "conhecer-me a mim mesmo", como a inscrição em Delfos recomenda, e, enquanto durar esta ignorância, parece-me ridículo investigar assuntos remotos e alheios. Consequentemente, não me preocupo com tais coisas, mas aceito crenças correntes sobre elas, e dirijo as minhas investigações, como acabei de dizer, para mim mesmo, a fim de descobrir se sou de fato uma criatura mais complexa e inflada de orgulho que Tifão, ou um ser mais gentil, mais simples, que os céus abençoaram com uma natureza serena e não tifônica.

PLATÃO (séc. IV a.C.)

[GIANETTI, Eduardo. III - 1.Autoconhecimento e auto engano. O Livro das Citações. Cia das Letras. pág. 151]

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Conversa surreal com minha mãe

Pra começar devo explicar que eu instalei o Google Chrome no computador da minha mãe e ensinei que quando ela quiser entrar em algum site deveria usar o Chrome ao invés do Internet Explorer e mostrei detalhadamente qual era o simboliznho que ela deveria clicar.
Até ai tudo bem...

Toca o ramal do meu quarto

Mãe: vem aqui me ajudar que eu não consigo entrar no meu e-mail
Eu: Você tá usando o Chrome como eu te ensinei?
Mãe: Mas eu não sei onde eu digito.
(pontadas na cabeça)
Eu: Não tá vendo a barra de endereços?
Mãe: Não!
...
Mãe: Só tem escrito google aqui.
Eu: Tá vendo onde está escrito www.google...
Mãe: Sim.
Eu: clica em cima disso (ação que seleciona tudo).
Mãe: ficou azul.
Eu: agora digita o endereço do site que vc quer.
Mãe: mas não vai.
Eu: como não??? (como pode??)
Mãe: vem aqui me ajudar.

Depois de uma breve meditação e orações pra Jesus me levar logo embora desse mundo, fui ver o que acontecia de errado... acontece que o teclado estava desconectado (eu tenho gatos em casa).